Introduzindo
No segundo e no primeiro séculos antes de Cristo formaram-se vários grupos e comunidades no judaísmo com o intuito de fidelidade às exigências da Lei. As interpretações eram muito variadas, o que dava margem a radicalismos e comportamentos diversos. Era sempre uma tentativa de cumprir a Lei.
Vamos fazer uma síntese a respeito dos principais grupos e/ou comunidades para melhor compreensão do contexto da Palestina nos últimos séculos antes de Jesus e também para ajudar a perceber a influência desses grupos nas primeiras comunidades cristãs.
- Os saduceus
Há poucas informações sobre esse grupo pelo fato de terem desaparecido com a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. A designação saduceus deve estar associada ao nome Sadoc, sumo sacerdote no tempo de Salomão (1Rs 2,35). Aos filhos de Sadoc foi confiado o serviço sacerdotal do Templo pós-exílico. Mais tarde, no tempo de João Hircano (135-104 a.C.) os asmoneus assumiram o cargo de sumo sacerdote apesar de não serem de origem sadoquita. Existiam, porém, filhos de Sadoc que continuavam exercendo o serviço sacerdotal no Templo. Numa situação de dissidência, um grupo construiu uma colônia à margem do Mar Morto. Os sacerdotes que permaneceram em Jerusalém se distinguiam desses sadoquitas, pois continuaram a exercer o cargo de sumos sacerdotes no Templo: filhos de Sadoc e asmoneus.
Os saduceus nasceram da aristocracia de Jerusalém. A maioria ocupava altos cargos e pertencia a famílias influentes de Jerusalém. Sob o governo da rainha Alexandra Salomé, sua influência diminuiu. Alexandra nomeou seu filho Hircano II, sumo sacerdote, uma vez que a mulher não podia ocupar essa função. Com a introdução de escribas farisaicos no Sinédrio, a influência da aristocracia sagrada diminuiu, pois suas decisões passavam pelo crivo dos fariseus que condividiam com eles o poder no Sinédrio.
Os saduceus eram conservadores. Interpretavam a Lei ao pé da letra. A tradição oral não tinha peso como os fariseus pretendiam. Pragmáticos, não acreditavam em anjos nem em demônios. Também não compartilhavam da fé na ressurreição dos mortos.
Zelavam pela observância do sábado mais do que os fariseus. Não admitiam interpretação. As sentenças penais deviam obedecer exatamente às prescrições da Lei.
Eram habilidosos políticos. Por isso se davam bem com Herodes e com o Imperador romano. Os sumos sacerdotes provinham sempre de seus círculos. Procuravam conter levantes contra os romanos. Por isso, eram adversários dos fariseus e zelotas, que se opunham ao domínio estrangeiro na Palestina.
Os saduceus são os primeiros responsáveis pela morte de Jesus. No entanto foi um deles, sumo sacerdote de então, que desencadeou a catástrofe de 70, quando interrompeu, em 66, o sacrifício pelo imperador. Com a destruição de Jerusalém e do Templo, eles também desapareceram. Somente os fariseus sobreviveram à catástrofe, reconstruindo a comunidade judaica.
- Os fariseus
O nome fariseu deriva, provavelmente, do hebraico p’erushim ou do aramaico p’erishajja = separado. Afastavam-se do convívio social a fim de evitar contato com toda impureza.
O início do movimento remonta aos macabeus: “Assideus, israelitas fortes corajosos e fiéis à Lei” (1Mc 2,42). Destes ch’assidim, os piedosos, nasceram os fariseus. Grupo fiel à Lei, sem objetivos políticos, como Israel deveria viver. Formavam comunidades estáveis, observantes escrupulosos das prescrições da pureza ritual e do dízimo. O jejum e demais orações eram exercícios piedosos pela salvação de Israel.
Um exemplo de oração proferida por um fariseu e que mostra seu entendimento em relação aos demais: “Agradeço-te, Senhor, meu Deus, porque me fizeste partícipe daqueles que se sentam na casa do ensino e não daqueles que se sentam nas esquinas das ruas; porque eu saio cedo, e eles saem cedo: eu saio cedo para encontrar-me com tuas palavras da Lei, e eles saem cedo motivados por coisas vãs” (Talmude Babil., Berakot 28,b).
Sua influência era grande devido aos escribas que dirigiam as comunidades farisaicas, estudavam a Lei de Moisés e discutiam sua interpretação. Por suas atitudes exemplares de fidelidade à Lei, desfrutavam de grande prestígio.
Afastavam-se de quem não conhecia a Lei. Sobretudo dos publicanos e pecadores. Os publicanos prestavam serviço ao poder dominante. Os pecadores eram aqueles que, por profissão, entravam em conflito com a Lei.
Os fariseus dedicavam-se a seguir a Lei de Deus, considerando-se a comunidade do autêntico Israel. Consideravam a “tradição dos antigos” (Mc 7,3), as prescrições orais, como testemunho da vontade divina idêntico à Escritura.
Desenvolveram a expectativa da ressurreição dos mortos, diferenciando-se dos saduceus. Também aguardavam a vinda do Messias para reunir as tribos dispersas de Israel.
As infrações e culpas podiam ser compensadas com as obras da Lei a fim de serem declarados justos por Deus. Os fariseus davam esmolas aos pobres (Mt 6,2) e procuravam agir na oração e na ação conforme a vontade de Deus para agradar-lhe.
A pregação e as ações de Jesus de Nazaré encontraram firme rejeição dos fariseus. Em alguns aspectos Jesus se aproximava do entendimento deles, como por exemplo, a ressurreição dos mortos, a penitência, a conversão. Mas não podia manter comunhão com os publicanos e pecadores (Mc 2,15), infringir o sábado (Mc 2, 23ss). Jesus acusa os fariseus de serem hipócritas por considerarem o cumprimento exterior da Lei e não conhecerem a pureza do coração (Lc 11,39-43).
No decurso da atuação pública de Jesus houve frequentes conflitos com os fariseus sobre o modo de entender as palavras da Lei e sua obrigatoriedade. Foi o motivo forte para condenar Jesus como infrator.
Os fariseus não conseguiram conter a revolta do povo contra a dominação romana e impedir o desastre da destruição de Jerusalém e do Templo. Embora vários fariseus tenham morrido na guerra, vários outros sobreviveram. Conseguiram influenciar o caráter espiritual das sinagogas após 70 d.C., levando sua própria doutrina ao reconhecimento geral.
O farisaísmo foi o único movimento religioso que teve profundidade bastante para resistir à catástrofe de 70; é dele que em Jâmnia, na costa mediterrânea, renascerá o judaísmo.
- Os zelotas
Com a deposição do rei judeu, Arquelau, no ano 06 d.C. e subida ao poder por parte dos romanos, houve um censo e consequente aumento dos impostos. Essa medida provocou forte resistência em alguns círculos judaicos, particularmente entre alguns fariseus. O grupo que se rebelou contra a dominação romana pela obediência à Lei denominou-se zelotas, os zelosos. No entendimento desse grupo quem reconheceu o imperador como seu senhor e lhe pagou impostos, infringiu o primeiro mandamento que prescreve honrar somente a Deus.
Os zelotas recusavam submeter-se ao domínio do imperador romano e a chamá-lo de Kyrios. À diferença dos fariseus, não quiseram esperar a salvação messiânica: determinavam o curso da história pelo seu próprio agir. Seu fundador, Judas, o Galileu, atraiu o povo atrás de si (At 5,37) nos inícios do primeiro século d.C.
Como não podiam com o militarismo romano, se esconderam nas encostas das montanhas judaicas, em regiões de difícil acesso, de onde podiam atacar as forças de ocupação. Aos olhos dos romanos, os zelotas eram bandidos contra os quais se procurava agir com rigor. Atiçavam inimizade contra os pagãos e incentivavam constantes sublevações. Foram força motriz da guerra judaica, tendo um fim funesto.
Enquanto os saduceus e seus amigos asmoneus traíram a causa religiosa dos Macabeus, fazendo aliança com os piores inimigos da sua fé, os zelotas, ao contrário, são os campeões da ortodoxia e do integrismo. Os saduceus vivem na riqueza aristocrata de Jerusalém, na Judéia. Os zelotas são pobres que se ocultam nas grutas e montanhas da Galiléia.
Segundo Lc 6,15 e At 1,13, havia entre os discípulos de Jesus, um antigo partidário dos zelotas, Simão, o Zelota. A obra e a pregação de Jesus, no entanto, distinguiam-se claramente das pretensões de um messsianismo político. O reino de Deus não depende do concurso da atividade humana, mas apenas da ação de Deus (Mc 4,26-29). Quando perguntado se era correto pagar imposto a César, Jesus respondeu como os zelotas, mas disse que se devia dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mc 12,17).
- Os essênios
O Novo Testamento não menciona esse grupo. Seu nome deriva provavelmente do aramaico ch’asajja = os piedosos. Os judeus fiéis à Lei, protagonistas da revolta macabaica, denominaram-se ch’assidim porque eram os piedosos “apegados à Lei” (1Mc 2,42). Os essênios, porém, nasceram do mesmo círculo que os fariseus, mas se distinguiam desses últimos pela obediência mais rígida à Lei. Viviam principalmente nas aldeias da Palestina. Criavam comunidades estáveis para se protegerem de qualquer impureza. Seus membros permanecem celibatários não por inclinação ascética, mas para evitar o contato com a mulher e não se manchar. Todavia havia grupos de essênios casados com a finalidade exclusiva da procriação.
A comunidade essênica vivia sob a direção de chefes cujas instruções todos tinham de seguir. Quem quisesse ser membro da comunidade, recebia primeiro uma pequena enxada, um avental e um hábito branco. Essa ferramenta e a indumentária garantiam a pureza cultual. A enxada servia para enterrar os excrementos. O avental devia cobrir as partes pudendas para não ofenderem o esplendor da luz de Deus, isto é, o sol. E o hábito branco era envergado como a veste dos puros.
Ao postular admissão na comunidade, o noviço tinha de passar um ano em estágio probatório. Depois era admitido às abluções. No final de três anos tornava-se membro pleno e podia participar das refeições comunitárias. Os bens pessoais tornavam-se propriedade da comunidade. O dia começava com a oração comunitária. Depois se trabalhava no campo. Ao meio-dia abluíam-se e tomavam a refeição juntos. À tarde trabalhava-se de novo e, à noitinha, novamente colocavam-se à mesa. Durante as refeições guardava-se silêncio.
Quanto à doutrina, segundo Flávio Josefo, os essênios acreditavam na imortalidade da alma e na predestinação do ser humano. O corpo é o cárcere da alma. Após a morte, as almas boas subirão para o céu; as más serão levadas ao lugar de castigo. Depende da escolha de Deus que o caminho do homem o leve à salvação ou à condenação. A carne perece; o espírito dado por Deus, abre caminho à vida. A fé e a vida dos essênios são guiadas por uma intensa vontade de ser a comunidade pura de Israel.
Apesar de aparecerem pouco em público, seu estilo de vida era exemplar. Era um grupo fascinante para os judeus que querem se dedicar totalmente a Deus. Corajosos e intrépidos, durante a revolta contra os romanos, permaneceram fiéis à Lei de Israel até o fim. Foram torturados, queimados, furados, forçados a blasfemar contra o legislador e a comer alimentos proibidos. Mas permaneceram firmes. Não dirigiam uma súplica aos carrascos nem derramaram uma lágrima. Nos terrores da Guerra Judaica, também os essênios desapareceram.
- Qumrã
Em 1947 alguns beduínos encontraram no deserto de Judá uma caverna que abrigava rolos em várias talhas grandes. Intensas pesquisas nos anos seguintes em cavernas ao redor do Mar Morto permitiram encontrar onze cavernas com textos e fragmentos.
A cuidadosa embalagem dos rolos da caverna 01, por exemplo, demonstra que o esconderijo foi planejado. E a quantidade de textos e fragmentos de textos da caverna 04 permite supor a existência de uma biblioteca da comunidade naquele lugar. As moedas antigas encontradas com datas da época de João Hircano (134-104 a.C.) ajudam a determinar o tempo da fundação.
A colônia foi ocupada pelos romanos em 68 d.C. por Vespasiano. A aproximação dos romanos possivelmente levou os membros da comunidade a esconder em talhas os grandes rolos descobertos na caverna 01. Documentos arqueológicos mostram que a comunidade de Qumrã existiu entre a metade do segundo século a.C. a 68 d.C. Isso confirma que havia uma comunidade judaica, com Qumrã como centro de sua vida comunitária, no tempo de Jesus e do cristianismo primitivo.
Entre os numerosos textos bíblicos de Qumrã encontram-se fragmentos de todos os livros do cânon veterotestamentário, exceto o livro de Ester. Mais importantes, porém, são os textos não-bíblicos descobertos nas cavernas de Qumrã que nos deram a conhecer uma comunidade judaica que desenvolvia uma doutrina de vida correta, estruturada na doutrina e prática da Lei.
A origem da comunidade de Qumrã remonta a círculos sacerdotais de Jerusalém que enfatizam a estrita observância da Lei. Há repetidas menções ao Mestre da Justiça, sacerdote fundador da comunidade, dotado por Deus do dom do conhecimento e da interpretação correta das escrituras. Ao redor reunia-se um grupo de sacerdotes, levitas e leigos interessados na conservação da pureza e na observância daquele calendário de festas. Ao contrário do grupo sacerdotal de Jerusalém que observava o ano lunar, Qumrã observa o ano solar: 12 meses de 30 dias e um dia a mais a cada trimestre.
A comunidade vivia em uma rígida ordem a fim de tornar-se capacitada para o combate contra os filhos das trevas. À frente estavam os sacerdotes, seguidos pelos levitas e pela multidão dos homens da aliança. Por fim estavam aqueles que tinham solicitado adesão à comunidade.
Olhando bem de perto os costumes e a fé da comunidade de Qumrã, há margem bastante provável de se tratar da comunidade dos essênios. O nome “essênios” não se encontra nos textos de Qumrã. É possível que tenham recebido essa designação de pessoas de fora do grupo.
O exemplo de piedade da comunidade de Qumrã irradiou-se pelo judaísmo contemporâneo atingindo o próprio cristianismo. João Batista prega o batismo de conversão. Ablução para o perdão dos pecados. À diferença de Qumrã, os discípulos de João Batista não fazem abluções permanentes, pois esperam aquele que será mais forte e que dará um único batismo.
Jesus chama a uma conversão distinta de Qumrã: fé e conversão tornam-se necessárias pela aproximação do Reino de Deus e pela relação imediata do homem com a vontade exigente de Deus e com a misericórdia gratuita (Mc 1,15; Lc 11,32 ss). Jesus não ensina uma estruturação casuística da Lei. Não existe, para ele, uma separação entre filhos da luz e filhos das trevas. Ele se dedica a todos. Enquanto Qumrã propõe amar os filhos da luz e odiar os filhos das trevas, Jesus manda amar os inimigos (Mt 5,43ss). À diferença de Qumrã, a comunidade cristã não se afastou do mundo. Pelo contrário, começou muito cedo a proclamar o Evangelho ao mundo.
Se há alguma proximidade entre Paulo e Qumrã em alguns aspectos, eles se distanciam nas questões essenciais da fé e da salvação. Segundo Qumrã, a justificação pela graça obriga o homem a observar a Lei inteira, vinculando-se o “sola gratia” a um “sola lege”, visto que sem Lei não existe relação com Deus nem salvação. Paulo, ao contrário, vê na Cruz de Cristo o fim da Lei (Rm 10,4). A justiça de Deus só pode ser recebida na fé, aceitando-se a ação de Deus, ligando-se, portanto, o “sola gratia” ao “sola fide”.
Também no Evangelho de João encontram-se traços fortes de Qumrã: luz e trevas, verdade e mentira. Mas para João a luz do mundo e a verdade é o próprio Cristo. (Síntese a partir da obra de LORSE, Eduard. Contexto e ambiente do Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 2000. Páginas 66 a 106).
A título de conclusão
O exercício de percorrer os principais grupos e comunidades da Palestina do tempo de Jesus ajuda a mergulhar e compreender um pouco mais os ritos e ações de Jesus e das primeiras comunidades cristãs conforme relatam o Novo Testamento. Ajuda também a perceber melhor as fontes, as raízes, o ninho em que o cristianismo foi gerado. Os conflitos, as posturas, os ritos, as práticas dos primeiros cristãos estão profundamente marcados pela cultura de então, sobretudo pelos grupos religiosos que buscavam, à sua maneira, observar a Lei de Deus.
Uma comunidade que mais chama a atenção é a dos Essênios/Qumrã. Esse jeito de viverem a fé, de se organizarem comunitariamente, de celebrarem, está presente na maneira de as comunidades de vida religiosa consagrada se organizarem. Os ritos, a disciplina, o modo de lidar com os bens, o celibato, a hierarquia, trabalho e oração etc. É possível notar como as Ordens religiosas desde os Padres do Deserto com a vida eremítica, passando pela vida cenobítica com São Bento e outros, chegando aos mendicantes, São Francisco e São Domingos carregaram essa marca.
Certamente muitos elementos precisam mesmo ser resguardados. Ajudam a conservar a fé, alimentam a esperança e fortalecem a caridade. Mas não se pode perder de vista o espírito do evangelho.
Há um espiritualismo e ritualismo voltando a fincar raízes em nossas comunidades eclesiais que cheiram à essenismo. Uma espiritualidade ritualista, doutrinal, destituída da mística evangélica do amor preferencial pelos pobres. O ultimo desejo de Jesus, seu testamento foi o mandamento do amor: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. No juízo final o ser humano será examinado pelo amor dispensado aos pequeninos: “Tudo o que fizerdes a um desses meus irmãos mais pequeninos foi a mim que o fizestes”. Em outras palavras, uma vida vivida em função da doutrina e do rito corre o risco de afastar-se do evangelho.
É mais do que oportuno recordar o ensinamento do Papa Emérito, Bento XVI: "No início do ser cristão não há uma decisão ética, ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo" (Deus caritas est, 01).
Bibliografia:
LORSE, Eduard. Contexto e ambiente do Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 2000. (Fiz uma síntese das páginas 66 a 106).
SAULNIER, Chistiane e ROLLAND, Bernard. A Palestina no Tempo de Jesus. São Paulo: Paulinas, 1983. Cadernos Bíblicos, 27.
Bento XVI, Carta Encíclica Deus Caritas Est.
*Trabalho apresentado por mim no Curso de Estudos Bíblicos na Faculdade Católica de Fortaleza.