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Como está minha vida cristã?

aureliano, 24.02.20

Quarta-feira de cinzas - 2020.jpg

Quarta-feira de Cinzas [26 de fevereiro de 2020]

[Mt 6,1-6.16-18]

Não nos é dado saber, com absoluta certeza, data e local precisos do surgimento da Quaresma na vida litúrgica da Igreja. O que sabemos é que esse tempo litúrgico foi se formando progressivamente. Estava entranhada na consciência dos cristãos a necessidade de dedicar um tempo em preparação à celebração da Páscoa do Senhor. As primeiras alusões a um período pré-pascal estão registradas lá pelo século IV. Consta também que, na Quinta-Feira Santa, acontecia a reconciliação dos pecadores; e que na Vigília Pascal se realizavam os batizados dos catecúmenos (aqueles que estavam preparados para o batismo). Essas duas práticas litúrgicas, celebradas desde a antiguidade da fé cristã, vêm mostrar que esse tempo nos remete à renovação das promessas batismais ou preparação para o batismo e a práticas penitenciais que nos levem a uma conversão profunda do coração. Portanto, batismo e penitência/conversão.

A propósito desse elemento da história, o Concílio Vaticano II recomenda: “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica, esclareça-se melhor a dupla índole quaresmal, que, principalmente pela lembrança ou preparação do batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração do Mistério Pascal. Por isso, utilizem-se com mais abundância os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal; segundo as circunstâncias, restaurem-se certos elementos da tradição anterior. Diga-se o mesmo dos elementos penitenciais” (SC 109).

É bom entender que a Quaresma não é um tempo de práticas penitenciais, mas é um tempo de experiência de um Deus que está vivo no nosso meio e quer que todos vivam: “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10). Um tempo em que somos chamados a participar dos sofrimentos de Cristo para participarmos também de sua glória (cf. Rm 8,17). O acento não está, portanto, nas práticas de penitência, mas na graça santificadora do Senhor que nos convida todos os dias à conversão. A penitência ajuda a predispor nosso coração à conversão.

Por possuir um caráter fundamentalmente batismal, a Quaresma nos convida a entrar numa dinâmica de permanente conversão para nos mantermos no caminho encetado pelo batismo. Mortos com Cristo, ressuscitamos com ele para uma vida nova. Quem ressuscitou com Cristo busca as “coisas do alto”. Compromete-se com a vida de todas as pessoas, particularmente com aqueles que não contam, que não são visíveis aos olhos da sociedade, os “sobrantes”, os sem importância. Esse foi o caminho de Jesus!

As três práticas propostas pela Igreja, com raiz na tradição judaica são a oração, o jejum e a esmola. Elas ajudam no processo da conversão cotidiana em que o cristão deve sempre se empenhar.

O JEJUM quer nos ajudar a deixar de lado o consumismo proposto por uma sociedade governada por ricos e poderosos que querem ganhar sempre mais à custa dos pobres. Querem arrancar o pouco que o pobre tem. Neste tempo é bom a gente aprender a viver com pouco, a reaproveitar as coisas, a levar uma vida mais simples, mais sóbria. Não se trata de passar necessidade ou fome, pois não é isso que Deus quer. - O jejum de alimento nos ajuda a solidarizarmos com quem não pode tomar três refeições diárias! - Podemos viver de modo mais simples sem entrar no modismo da sociedade consumista que mata e exclui. Além de jejuar, talvez fosse muito proveitoso também evitar o desperdício, manter limpos os espaços públicos; cuidar dos rios e nascentes; usar a água com mais consciência, como dom do Pai; reutilizar lixo; preocupar-se e solidarizar-se com quem passa necessidade; tomar conhecimento das políticas públicas e empenhar-se nelas pelo bem dos mais pobres; superar toda forma de violência; ser mais terno e comedido nas palavras; evitar ofender, maldizer; ser mais paciente no trânsito; tomar as dores e defender aqueles que sofrem violência etc. Trata-se de um ‘esvaziar-se’ para encher-se dos sentimentos de Jesus; encher-se da bondade de Deus. “O homem bom, do bom tesouro do coração tira o que é bom” (Lc 6,45).

A ESMOLA quer despertar-nos para a solidariedade com os mais pobres. Uma conversão que nos torne capazes de partilhar com os outros os bens e os dons que temos. Que nos mobilize pelas causas justas, em favor dos menores, sem voz nem vez. É a luta contra a ganância que faz tantas vítimas em nosso meio. A esmola nos tira de nós mesmos e nos remete em direção dos irmãos pelo gesto da partilha solidária. Não se trata apenas de darmos algo que temos, mas darmo-nos a nós mesmos. A visita a um doente, idoso, pobre é um bom gesto que ajuda no processo de conversão. Participar de ONGs, associações de bairros, conselhos comunitários e iniciativas de promoção do bem comum. É a oferta do tempo que temos para nós e que doamos a alguém, a alguma causa nobre.

A ORAÇÃO nos coloca numa profunda comunhão com o Pai. Sem uma vida orientada pela oração não podemos construir um mundo de acordo com o sonho de Deus. E a oração verdadeira é aquela que nos coloca em sintonia com o querer de Deus, que nos move em direção aos pobres e sofredores. Ele veio “para que todos tenham vida”. Aproveitar esse tempo para reforçar a leitura orante da bíblia. Rezar todos os dias algum texto bíblico! Oramos não porque Deus desconhece nossas necessidades, mas porque queremos nos entregar a Ele e descobrir a melhor forma de servi-lo nos irmãos. A Leitura Orante ilumina nosso caminho, nossa vida. Oramos para nos colocarmos na presença de Deus gratuitamente, generosamente. Talvez fosse bom redistribuir o tempo despendido nas redes sociais: não deixar que os bate-papos e curiosidades das mídias sociais roubem o tempo da oração.

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A Campanha da Fraternidade desse ano tem como tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, cujo lema reza: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34). A parábola do Bom Samaritano nos coloca a realidade do próximo que precisa de nossos cuidados. “A vida é essencialmente samaritana tal qual o homem que interrompeu sua rotina de quem estava caído à beira do caminho (Lc 10,25-37). Não se pode viver a vida passando ao largo das dores dos irmãos e irmãs” (Texto-Base, Apresentação).

“O rompimento da indiferença torna o samaritano mais humano. A compaixão expressa o zelo aos moldes de Deus: aproximar-se e fazer-se útil ao outro. Servi-lo! Ver, sentir compaixão e cuidar apresentam-se como um autêntico Programa quaresmal:

  1. Escuta da Palavra que converte o coração;
  2. Verdadeira atenção pelos outros;
  3. Romper com a indiferença frente ao sofrimento;
  4. Disponibilidade para o serviço”; (Texto-Base, 15).

“Não te rendas à noite (...) o mundo caminha graças ao olhar de tantos homens que abriram frestas, que construíram pontes, que sonharam e acreditaram; mesmo quando ao seu redor ouviam palavras de escárnio” (Papa Francisco, Texto-Base, 225).

Pe. Aureliano de Moura Lima, SDN

O único necessário

aureliano, 16.07.16

16º Domingo do Tempo Comum [17 de julho de 2016]

[Lc 10,38-42]

Jesus caminha para Jerusalém. Na Samaria tem dificuldade de acolhimento, pois judeus e samaritanos são inimigos figadais. O episódio do relato deste domingo mostra o modelo de acolhida orientado por Jesus. Ele não quer contrapor Marta e Maria, vida ativa e vida contemplativa. Nem quer condenar a atitude de Marta. Afinal alguém tinha que preparar a casa e a refeição!

Jesus quer mostrar que Marta está fora dos limites. Corre demais, se agita, se preocupa demais com os afazeres. Seu modo de trabalhar não corresponde ao modo humano de lidar com os trabalhos e atividades. É preciso trabalhar, mas sem perder a calma, a serenidade. É preciso cuidar para que o trabalho não seja nem fuga de si mesmo nem ídolo a quem sacrificamos nossa vida. O trabalho precisa ter um sentido divino.

Também em nossas comunidades corremos o risco de trabalharmos muito, de corrermos muito, de colocarmos as pessoas sob pressão, nervosismo e afobação desviando-as daquilo que é essencial na vida: fazer a experiência do amor de Deus aos pés do Mestre. Maria é o exemplo de quem busca o essencial, o “único necessário”. Sem esse encontro de intimidade com o Senhor, nossa missão se transforma em ação dispersiva e vazia. Cansa e não contagia ninguém. “Podemos deparar-nos com comunidades animadas por funcionários afobados, mas não por testemunhas que irradiam seu vigor” (Pe. Antônio Pagola).

Ademais, é bom pensarmos, por outro lado, naquelas propostas muito em voga em nossos dias, de uma mistificação vazia com o nome de espiritualidade. Há muita gente correndo atrás de “energias positivas”, entrando debaixo de pirâmides, fazendo exercícios “místicos” em busca de equilíbrio e harmonia interna. Isso pode ajudar muito, psicologicamente. Mas dar a isso o nome de espiritualidade é falsear o que esse termo significa, pelo menos do ponto de vista cristão. Espiritualidade é deixar-se conduzir pelo Espírito de Deus. É uma forma de vida segundo o Espírito. É movimento na direção dos irmãos, pois o Espírito é Sopro.

Então é preciso ter cuidado com práticas mistificadas que podem fazer a pessoa voltar-se para si mesma, colocando-se como centro do mundo, esquecendo-se dos irmãos a seu redor. Só tem sentido o exercício espiritual que nos faz sair de nosso egoísmo e nos colocarmos a serviço dos irmãos mais necessitados. Foi esse Espírito que animou Jesus e seus seguidores na história. Marta e Maria representam duas realidades complementares que precisam ser bem integradas dentro de nós.

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HOSPITALIDADE: ACOLHER O OUTRO COMO DOM

De um modo geral, o brasileiro é muito acolhedor. A experiência nos mostra que, ao bater à porta de alguém, esperamos sempre ser acolhidos, ouvidos. Normalmente as pessoas nos convidam para entrar, para tomar um cafezinho etc. Perguntamos: O que significa mesmo ser acolhedor, receber visitas?

Neste domingo temos, na liturgia, dois exemplos de hospitalidade: Abraão e Marta. Abraão nos ajuda a perceber o mistério escondido na hospitalidade: a promessa que se realiza no dom do filho (Isaac). Marta e Maria nos ensinam que, antes de fazer muitas coisas para o hóspede, é preciso saber acolher, ouvir o ensinamento (de Jesus).

O ativismo não deixa sobrar tempo para os outros, nem mesmo para a família. Há muitas mães e filhos que reclamam a ausência do marido e pai por sair demais de casa, por trabalhar demais. Quando a ‘casa’ desmorona fica-se perguntando o porquê. Pode ser tarde demais! Muita gente diz que não tem tempo para servir à comunidade. Está gastando o tempo em quê? Um dia terá que parar pela doença, pela idade ou pela morte. E pode ser tarde demais!

Observamos que Abraão escolheu o melhor de sua cozinha para seus hóspedes. Maria deu o melhor de si, seu tempo todo para escutar o Mestre. Marta foi censurada por se ocupar com muitas coisas, desprezando o “único necessário”. Um bom anfitrião pode servir o melhor possível, mas se não escuta o que o visitante tem para dizer, fará uma montão de coisas, e a finalidade real da visita não se realizará. Nossa preocupação não pode se centrar nos nossos afazeres: almoço, churrasco, granfinagem, mas na pessoa, no seu rosto e nas suas palavras que nos interpelam. Senão nossa hospitalidade vai se transformar em exibicionismo, auto-afirmação, vaidade. Jesus lembra a Marta que ela precisa se preocupar com o “único necessário”.

Vivemos num tempo de muita agitação. “Tempo é dinheiro”, dita o Mercado. Não se pode perder tempo. Esse ritmo faz a vida perder o sentido. Vivemos num ritmo desesperado, estressante, provocado por essa busca frenética do ter que relativiza o ser, oferta gratuita de si para a vida dos outros.

Então perguntamos: o que é mesmo essencial em nossa vida? O que é mais importante: fazer muitas coisas, trabalhar muito, falar muito, correr o dia inteiro, engordar a conta-poupança? Será que não estamos precisando parar um pouco e ouvir a Palavra, escutar o que Deus nos quer falar? A liturgia da Palavra de hoje nos convida a parar, gastar tempo com o outro, oferecer o melhor de nós, estar mais com a família, desligar o computador, a TV e o celular de vez em quando. - Você consegue passar um dia sem acessar internet ou sem usar ‘zapear’? A Palavra de Deus nos provoca e nos desinstala, convidando-nos parar e ouvir as pessoas, a fazer algumas visitas, a estarmos gratuitamente um pouco mais com aquelas pessoas abandonadas, sozinhas, isoladas, sofridas. A acolher em nossa casa aqueles que nos buscam ou precisam de nós; não tanto de nossas ‘coisas’, mas de nós, de nosso tempo, de nosso ouvido, de nossa compreensão, de nossa participação em sua vida.

O fundamento da hospitalidade e do acolhimento cristãos é saber enxergar que o centro de nossas preocupações não dever ser nossa incansável atividade cotidiana, mas a pessoa humana que nos é dada e que nós recebemos, tantas e tantas vezes, como um dom da parte de Deus. 

Nosso encontro com o Senhor na Celebração Eucarística quer renovar em nós o vigor para nos colocarmos na atitude de Abraão e de Maria que param e escutam o que Deus lhes quer falar. “Uma só coisa é necessária”.

Pe. Aureliano de Moura  Lima, SDN

Uma Igreja Samaritana

aureliano, 08.07.16

15º Domingo do Tempo Comum [10 de julho de 2016]

[Lc 10,25-37]

O Evangelho de hoje vem provocar os líderes religiosos a fazer um exame de consciência. O único interesse daqueles homens religiosos era exercer seu papel litúrgico no culto do templo. Uma prática religiosa totalmente separada da vida. O relato deixa entrever que, para o sacerdote e o levita, basta o culto no templo. A salvação está em realizar um rito e cumprir normas religiosas. Já a atitude do samaritano, recomendada por Jesus, vem mostrar que o mais importante na vida é o cuidado com o outro que precisa de mim, independente de quem seja. A freqüência do templo deve levar ao cuidado para com os irmãos (cf. Tg 2,14-26). É o princípio da misericórdia que opera a salvação do ser humano.

Nos seminários, casas de formação e no clero de modo geral, há uma excessiva preocupação com panos, objetos e práticas litúrgicas. Não que essa realidade da Igreja não seja importante. Desde que ela nos torne mais identificados com Cristo, nos aproxime mais dos sofredores. O problema está no excesso. Há uma concentração no templo em detrimento daqueles que estão nas “periferias”. Olhando a vida dos santos nós os notamos envolvidos e preocupados com os marginalizados. Muita gente de Igreja, hoje, pensa que ser santo é estar dentro do templo. Não está havendo uma distância entre a santidade proposta pelo evangelho, que é viver a compaixão para com os sofredores, e a proposta que alguns grupos e líderes religiosos fazem, hoje?

Onde estamos? Como temos vivido nossa fé cristã? Que tipo de envolvimento e de apoio temos dado às pastorais sociais (pastoral da criança, pastoral carcerária, pastoral do menor, pastoral de rua, pastoral familiar, associações de bairro, conselhos municipais etc)? Como está o caminho de conversão pastoral que a Igreja deve fazer?

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“VAI E FAZE A MESMA COISA”

“Quem é o meu próximo?” Foi a segunda pergunta daquele escriba que buscava saber o caminho que conduz à vida eterna.

É interessante notar que as pessoas se apresentavam a Jesus e faziam suas perguntas e pedidos a partir de seu lugar social. Os excluídos e marginalizados pediam para andar, enxergar, ser saciados, ser reintegrados ao convívio social etc. Já aqueles que possuíam uma condição de vida estável, social e financeiramente, queriam saber o caminho da “vida eterna”: “O que devo fazer para alcançar a vida eterna?” Sua preocupação estava mais com o além, com o que vem depois da morte.

Jesus conta uma historinha que faz pensar mais concretamente. E a sua resposta àquele homem implica a vida eterna. Ou seja, a vida eterna está intimamente relacionada com a vida que levamos aqui. O mandamento do amor a Deus acima de tudo (Dt 30, 10-14) está estritamente ligado ao amor do próximo. Nossas escolhas definem quem somos e para onde caminhamos.

Quem quiser alcançar a vida eterna precisa “perder” a sua vida pelos outros. O samaritano estava em viagem, com um programa de vida, certamente com os dias e os negócios marcados. De repente aparece aquele “estrangeiro” em sua vida. E ele socorre. Diferentemente dos ‘servidores’ do Templo, que não tinham tempo a perder nem podiam se contaminar com aquele homem semimorto.

A resposta de Jesus à conclusão óbvia do escriba (próximo foi aquele que usou de misericórdia com o homem caído) nos remete à Eucaristia: vai e faze o mesmo. O verbo fazer está nas palavras da instituição: “Fazei isto em memória de mim”. O fazer para alcançar a vida eterna se mistura com o fazer do cuidado com o próximo e o fazer isto em memória do Senhor. A eucaristia que celebramos nos envia sempre a fazer algo pelo próximo. “Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25, 40).

Não basta saber quem é o meu próximo, mas fazer-me próximo daquele que precisa de mim naquele momento. Cuidar da avó ou da tia idosa visando a herdar sua casa, seus bens, usufruir de seus benefícios previdenciários não é amar. Amar é cuidar desinteressadamente, na gratuidade, oferecendo o que somos e temos: azeite, vinho, cavalgadura, dinheiro, tempo.

Se a Eucaristia que celebramos não nos move ao encontro do próximo, a sairmos de nós mesmos, a doarmos um pouquinho de nosso tempo, de nossos dons, de nossas coisas àqueles que precisam de nós, então nosso louvor estará sendo somente de lábios, vazio, longe de Deus: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Is 29,13).

Para ajudar um pouco mais a reflexão: Num bairro pobre, onde há muitas crianças cujas mães não podem trabalhar porque precisam cuidar de seus filhos, vivendo por isso uma vida miserável, há dois grupos de pessoas interessados em ajudar. Um grupo pensa em se organizar e fundar uma creche possibilitando melhor qualidade de vida para as crianças e para as mães. Outro grupo se preocupa em arrecadar cestas básicas, fraldas, remédios, leite etc. Como se podem entender essas diferentes práticas? Com que grupo me identifico mais? Qual grupo se aproxima mais do evangelho?

Pe. Aureliano de Moura Lima, SDN